Tudo começou quando construí um viveiro para faisões na casa da minha querida avó Dona Chiquinha (foto acima). Ficou muito vazio com apenas o casal de faisões. Resolvi colocar alguns pombos. Que pombos? Pombos-correio é claro!! Fui ao Mercado e arrumei alguns casais. Mas eu queria pombos de origem melhor. Na época eu já criava canário de cor e era o mais jovem juiz nacional de cor e porte. Liguei para o Jorge Arnauld, também juiz e pedi ajuda para conseguir novos casais. Ele me indicou o saudoso Rodolfo Sabanho na Av. Brigadeiro Luiz Antonio. \Fui muito bem recebido pelo italiano, que me presenteou com um casal de filhotes brancos com rabo preto, e ligou para o Erwin Mazzie que providenciou mais alguns filhotes. Ná época cursava engenharia no ITA e era estagiário do Dr. Ronald Ranvaud no INPE. Começou uma grande amizade por conta dos pombos e foi a fonte de todos os meus Fremat franceses. Na casa dele conheci o Sr. Franco Neri, também italiano, que após uma longa série de perguntas, avaliou que eu tinha jeito para a coisa. Me ofertou 3 machos e ligou para o incrível Antonio Infante, baluarte da Columbofilia Paulista. E este me vendeu 3 lindas fêmeas. Começava ali minha criação com mais qualidade nos pombos. Conheci e frequentei a casa do Sr. Narciso Baptista da Silva, renomado e vitorioso criador da Penha. De sua casa vieram os primeiros mosaicos ou pigarços de origem austríaca. Recebi de presente um viúvo do grande Antonio da Costa Reis: "Poucos e Bons" dizia sempre ele. Me formei e trabalhando em São Paulo, comparecia todas as quartas à noite nas reuniões da Federação Paulista de Columbofilia. Muitos criadores ficaram amigos nesta época, Cocconi, Gornatti, Quintal, Gilberto, Félix Buonafine, Damberg e o Victor Bednarski. Este último um dos irmãos que a vida me deu. Na época aperfeiçoei um programa do Ranvaud para calcular provas da HP-21 para HP-15C. Era um sucesso!!! Depois escrevi um programa mais elaborado em Dataflex, que foi muito usado Brasil a fora e me rendeu inúmeros telefonemas madrugada a fora pedindo ajuda na resolução de problemas durante as apurações. A criação e as corridas iam muito bem, mas a dupla de filhotes de Rottweiller invadiu o pombal e acabou com todos meus reprodutores, inclusive com o 65550, o melhor voador até então do Pombal. Deseperado, e sem a base que tanto demorei para construí, pedi ajuda a dois grande criadores, Mauro Zuim que dispensa apresentações e ao querido Willian Lessa, Eles prontamente emprestaram casais valiosos que melhoraram em muito a qualidade dos meus pombos. Na mesma época o Damberg, que já era amigo de longa data, estava acabando com sua criação. Tão logo recebi a notícia pelo GIlberto Fernandes, liguei para o Damberg e disse, me separa o que você tiver de melhor ai. Com esforço, dei um limite monetário e ele separou 4 casais que hoje aparecem em muitos dos meus pedigrees. Depois mandou mais 30 filhotes. Anos após veio até minha casa, levou vários pombos seus que aqui estavam, criou vários filhotes com intenção de voltar a correr, mas na Cidade de Varpa onde reside, não tem columbofilia e praticamente todos os pombos vieram para minha casa.